Florianópolis foi uma das quatro capitais brasileiras a sediarem o movimento. Por aqui, os "embaixadores" do Food Revolution foram a cozinha Céu da Boca e os pequenos cozinheiros da Educação Infantil da Escola da Fazenda.
Tudo foi planejado pela galera da cozinha - Ana Carolina e Suzanne - e pelas professoras Andreza e Gabriela. Em sala as crianças discutiram hábitos alimentares e promoveram um mural de troca de receitas saudáveis e deliciosas. Enquanto na cozinha o cardápio foi inspirado no projeto da turma "Mergulho no Conhecimento" e contou com pratos típicos da Ilha: uma colorida peixada e o tradicional pirão, acompanhados de arroz integral, salada verde com frutas e salada cremosa de cenoura, beterraba e iogurte.
Famílias mobilizadas, amigos e defensores da causa se reuniram no sábado de manhã para juntos prepararem um almoço festivo. Ingredientes locais, folhas e arroz orgânicos e ervas aromáticas da nossa horta foram usados para compor a mesa.
Enquanto alguns adultos encarregavam-se do mise en place, lavando e cortando os vegetais e temperando o peixe, as crianças se divertiam em um desafio: descobrir a fruta secreta usando apenas um sentido de cada vez. Primeiro reconheceram frutas e alguns legumes, depois, precisavam identificá-los usando apenas o tato. E elas saíram-se muito bem! Por fim, foi a hora de desafiar o paladar: banana, maçã, manga, kiwi, caqui, carambola, laranja e... pepino? "Opa! Isso não é fruta", diziam, ao estranhar a surpresinha.
Na cozinha conversávamos sobre a importância de dedicar um tempo para cozinhar e como uma atividade tão rotineira pode ser decisiva para melhorar a qualidade de vida e a saúde de toda a família. Ponto para a comida de verdade!
As crianças, todas de touquinha e mãos lavadas, estavam ansiosas para ajudar a preparar o prato. Afinal, é a Peixada do Infantil, não é? Foram elas que montaram com entusiasmo a caçarola com peixe, batatas, tomate e o que elas mais gostaram, pimentões coloridos!
Foi um banquete para todos os sentidos e um rico momento de interação entre as famílias e as crianças. Fomos para casa com uma fagulha - quem sabe um compromisso - de cuidar bem da alimentação de nossas famílias e passar este cuidado adiante; e as crianças com a sensação de que comer bem é uma brincadeira pra lá de gostosa, e talvez com a sementinha da "revolução" plantada no coração. Teve criança que foi dormir dizendo: "quero mais Food Revolution!"